É costume neste primeiro dia de Maio aqui perto
da casa da avó existir um cortejo tradicional. Trata-se de uma tradição popular
conhecida como a Maia, onde esta boneca matrafona é criada pelos habitantes da
zona, utiliza um chapéu de palha e rendas antigas. Nas mãos traz figos e um
cesto de flores que traduzem-se em símbolos importantes.
Como de costume caminhámos de maneira a
acompanhar a tradição e de apresentar à B. mais uma das tradições de família e
da nossa cidade. Olhou com um ar empolgado e dizia adeus a quem passasse por
ela, não se importou por ser uma boneca grande e até lhe mandou beijinhos,
comeu uma sandes que distribuíram a que espera pela descolagem e gostou, viu os
meninos a desfilar e sorriu, ouviu a banda tocar e dançou dançou como tanto gosta
de fazer. É importante ver a alegria da minha bebé, ver como cresce de acordo
com as normas e com a total liberdade a que tem direito! Não posso deixar de
referir que os caminhos por onde a Maia passa se enchem de flores, e onde até a
princesa teve direito a um colar de flores. Adorou e desfilou cheia de estilo,
não deixou tirar nem por uns segundos.
Para mim quero que conheça tanto ou mais que eu,
que tenha sempre a importância da pessoa que é em mente, e que nunca deixe que
alguém lhe diga se é fixe ou não! São estas tradições que nos fazem ser quem
somos, e que fazem com que criemos ligações fortes à nossa personalidade.
Acho que não aguento tanta doçura nesta menina.
Manda beijos a quem passa e decide-se como uma menina crescida. Partilha tudo
com quem pode, até com os pipius (passáros, como diz). Foi buscar pipocas com o
avô que distribuíam às crianças e torna-se numa gulosa, achou que era bom e
partilhou com quem lhe pedia. Não aguento mesmo tanta doçura nesta minha filha.
Cresce a olhos vistos, e a mim só me distribui amor no coração!
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